Texto | Mariana Assis Imagem | Alina Souza
A taxa de desocupação bateu recorde na última semana de agosto segundo dados da Pesquisa Nacional de Amostras de Domicílios (Pnad Covid-19), feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice atingiu a marca de 14,3%, o que significa um aumento de 1,1 ponto percentual frente à semana anterior (13,2%). Na prática, representa uma alta de 1,1, milhão a mais de pessoas à procura de trabalho no país, cerca de 13,7 milhões de desempregados. O resultado é o mais elevado desde quando a pesquisa começou a ser realizada, em maio.
Em entrevista ao portal de notícias G1, a gerente da pesquisa, Maria Lúcia Vieira, explica que a flexibilização e reabertura do comércio podem ter influenciado na taxa de desocupação.
“No início de maio, todo o mundo estava afastado, em distanciamento social, e não tinha uma forte procura [por emprego]. O mercado de trabalho estava em ritmo de espera para ver como as coisas iam se desenrolar. As empresas estavam fechadas e não tinha local onde essas pessoas pudessem trabalhar. Então, à medida que o distanciamento social vai sendo afrouxado, elas vão retornando ao mercado de trabalho em busca de atividades”, apontou a gerente da pesquisa, Maria Lúcia Vieira.
De acordo com o IBGE, eram cerca de 27,9 milhões de pessoas trabalhando na informalidade na última semana de agosto, o que significa cerca de 300 mil a mais quando comparado à semana anterior. A taxa de informalidade, portanto, ficou em 34%, acima dos 33,4% registrados na terceira semana de agosto.
Trabalhadores considerados informais pelo IBGE são aqueles que empregados no setor privado sem carteira assinada, trabalhadores domésticos sem carteira, trabalhadores por conta própria sem CNPJ e empregadores sem CNPJ, e pessoas que ajudam parentes.
O IBGE ressalta que a informalidade é a via de mais fácil acesso ao mercado de trabalho e, em razão disso, sofre oscilações com maior facilidade que a população ocupada ou desempregada.
Já um outro levantamento divulgado na última sexta (25) pelo IBGE mostra que, entre a última semana de agosto e a primeira de setembro, o número de pessoas procurando por uma ocupação no mercado de trabalho caiu em 700 mil no país. A informalidade, no entanto, aumentou em 560 mil o número de trabalhadores atuando na informalidade, elevando a taxa de 34,0% para 34,6%.
Ajuda a empreendedores
A falta de oportunidade no mercado de trabalho tem engajado muitos trabalhadores a empreender por necessidade. Segundo o portal do empreendedor do governo federal, o número total de registros MEIs atingiu mais de 10,6 milhões em setembro deste ano.
Entretanto, conseguir empréstimos tende a ser uma tarefa ainda mais complicada quando se é de periferia. Pensando nisso que o Fundo Periferia Empreendedora vem oferecendo microcréditos a empreendedores periféricos de todo o brasil.
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