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‘Amor no Espectro’ mostra jovens autistas em busca de conexões emocionais

Imagem de divulgação da série documental 'Amor no Espectro', da Netflix Imagem: Divulgação/Netflix

Mariana Tramontina, colaboração para o Ecoa- Uol

Quem vê a foto promocional de “Amor no Espectro” no menu da Netflix, com um grupo de jovens elegantes em ternos e vestidos longos, já imagina: é mais um reality show de namoro, na esteira de tantos outros que têm pipocado nos serviços de streaming. E a resposta é sim. E não.

Sim, é um reality de relacionamentos. Não, não é mais um como tantos outros. A série documental de cinco episódios apresenta 11 jovens autistas dando seus primeiros passos no mundo dos relacionamentos amorosos. E é já nesta imagem de divulgação que entrega a principal mensagem: “Amor no Espectro” é diferente, mas é também igual em muitas formas.

A estimativa da OMS (Organização Mundial de Saúde) é de que existam 70 milhões de pessoas diagnosticadas dentro do espectro autista no mundo todo. A dificuldade de interagir socialmente é bastante comum em pessoas com transtornos de desenvolvimento neurológico e, por isso, muitas delas acabam sendo isoladas ou se isolando.

Uma das principais lutas das organizações dedicadas às pessoas com autismo é para que os jovens, capazes mas socialmente desafiados, possam ter oportunidades de trabalho e desenvolver sua independência. Mas pouco se fala sobre a autonomia emocional, uma percepção equivocada de como a sociedade vê os autistas: sem capacidade ou mesmo desejo de conexão emocional.

Mesmo que eu esteja no espectro, eu ainda sou capaz de me apaixonar e ser uma pessoa compreensiva e atenciosa.

Essa frase é de Mark, 29, um dos participantes de “Amor no Espectro”. Quando questionado se ele gostaria de se apaixonar, Mark não pensa duas vezes: “Ah, há muito tempo, sim. Isso está sempre na minha cabeça, mas é tão difícil de acontecer”. Outro participante, Michael, 25, diz que seu maior sonho da vida é “se tornar um marido”. E Maddi, 23, prefere um parceiro que também esteja no espectro porque “traços de personalidade semelhantes são muito bons” para um relacionamento bem-sucedido.

Nesta jornada, são eles que guiam suas próprias histórias, mostrando que têm seus pensamentos, desejos e necessidades individuais. À medida que permitem que o público se aproxime de suas histórias de amor, eles também ensinam e clareiam o vasto universo autista.

O reality deixa claro que não há duas pessoas iguais no espectro. Alguns têm mais facilidade de se comunicar e gostam do contato e do toque; outros têm mais limitações e preferem um simples aperto de mão. E mesmo que o tema central sejam os relacionamentos amorosos, o programa aborda outros assuntos igualmente importantes para a compreensão do espectro do autismo, como os interesses restritos (ou hiperfocos) de cada um.

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Para entender o universo que gira em torno desses jovens, o programa traz depoimentos das famílias. Mas uma figura essencial é Jodi Rodgers, sexóloga e especialista em TEA, que ajuda os participantes a estabelecer metas e a entender suas dificuldades. “Não importa se você está no espectro ou não, todo mundo tem o direito e a necessidade humana básica de conexão e amor”, diz Jodi.

As histórias são diversas, pessoais e calorosas. Existem, sim, momentos constrangedores, especialmente aqueles já esperados em qualquer primeiro encontro. Porque, independente de qualquer condição, os desafios dos relacionamentos são imprevisíveis para todo mundo.

Sharnae e Jimmy em cena de ‘Amor no Espectro’ Imagem: Divulgação/Netflix

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