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Rede pública de ensino perdeu, mesmo antes da pandemia, quase 500 mil matrículas no Brasil entre 2019 e 2020

Dados preliminares do Censo da Educação Básica apontam queda nas matrículas na rede pública de ensino; números são anteriores à pandemia. — Foto: Camila Lima/SVM
Dados do Censo Escolar da Educação Básica de 2020 ainda são preliminares. Maior queda percentual foi no ensino fundamental integral.

Por G1

Dados preliminares divulgados nesta quinta-feira (1º) do Censo Escolar da Educação Básica 2020 indicam que até 11 de março deste ano, a rede pública estadual e municipal de ensino somava 36.140.678 matrículas, desde a creche até o ensino médio, incluindo a educação de jovens e adultos.

O número é 1,28% menor se comparado ao Censo de 2019. São 470.545 matrículas a menos na rede pública, que em 2019 tinha 36.611.223 estudantes. Segundo especialistas, a tendência é que a pandemia agrave a questão da evasão escolar.

Os dados ainda poderão ser revisados. A versão final do Censo está prevista para dezembro e trazem dados anteriores à pandemia.

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Os números apontam que as maiores reduções percentuais estão no ensino fundamental integral. Houve 34,1% menos matrículas para os anos finais das redes estaduais e municipais (6º ao 9º ano) e 27,29% menos para os anos iniciais (1º ao 5º ano). Na outra ponta, houve aumento de 22% nas matrículas do ensino médio de tempo integral.

No corte por tipo de rede e local da escola, a maior redução está no ensino fundamental integral da rede municipal em áreas rurais: redução de 63% nas matrículas. Em seguida vêm especificamente os anos iniciais do ensino fundamental integral da rede estadual em áreas rurais: redução de 50,83%.

Os anos finais do ensino fundamental são considerados uma das etapas mais problemáticas nas avaliações de ensino e aprendizagem.

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Em 2019 o Brasil não atingiu o mínimo proposto para este nível de ensino (6º ao 9º ano) pela quarta vez consecutiva, segundo dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), feito pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da Educação (MEC).

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A expansão das vagas no ensino integral é uma das metas do Plano Nacional de Educação (PNE). A ideia é ter 50% das escolas públicas oferecendo esta modalidade de ensino até 2024, para atender 25% dos estudantes da educação básica.

No entanto, na análise da Campanha Nacional pela Educação, esta meta “apresenta uma das situações mais graves em relação ao seu cumprimento”, devido à queda dos índices.

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