Texto: Thais Machado | imagem: Banco de Imagens Pexels
A pandemia espertou de maneira drástica como a crise socioeconômica tem afetados a vida dos brasileiros, principalmente a dos moradores das zonas periféricas. A insegurança alimentar, o desemprego, a falta de saneamento básico e outras mazelas (além da pandemia) são situações a serem enfrentadas diariamente nas favelas do Brasil, mas como tudo isso afeta o futuro da juventude proveniente da periferia?
A pandemia causou um efeito tsunami na vida das pessoas mais pobres, onde todos os problemas da gigantesca crise humanitária enfrentada pelo Brasil precisariam ser resolvidos de maneira imediata para garantir estabilidade no contexto de uma realidade pandêmica, entre esses problemas estão os que mais afetam os Jovens brasileiros: A Educação e Trabalho.
Segundo os dados coletados pelo Estatuto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), 71,1% dos jovens negros e pardos que deixaram a escola, alegaram que precisavam trabalhar, mas fora das escolas e movidos pela necessidade de complementar a renda familiar, qual o tipo de trabalho que esses jovens vão fazer?
O dossiê Um Olhar Sobre a Juventude e periferia em tempos de CoronaChoque, do Instituto Tricontinental de Pesquisa Social publicado em 2020 mostra como o modelo neoliberal afeta a vida desses jovens em um momento como esse. O dossiê demonstra que a precarização do trabalho e a cresça de que o “empreendedorismo” é a melhor saída nessas situações coloca cerca 77,4% dos jovens em empregos precários.
Um desses efeitos é o número gigantesco de jovens e crianças cadastradas com dados de outras pessoas em aplicativos de delivery para trabalhar como entregadores, fadados a lidar com a crise socioeconômica, os jovens brasileiros não têm como uma perspectiva uma carreira profissional estável e muito mesmo investir em educação.