Texto: Thais Machado | Imagem: Banco de imagens pexels/Matheus Souza
Não é a primeira e nem será a última vez que programas como o Big Brother Brasil protagonizam cenas de racismo. Ser racista no Brasil é poder se beneficiar do privilégio de se “desculpar” e no final ainda ter a chance de sair milionário do programa, assim como aconteceu em 2019.
2021 chegou e nem mesmo a edição com mais representatividade negra da história BBB modificou esse cenário. A questão é: de onde vem a confiança e a segurança da branquitude para propagar racismo recreativo em rede nacional?
Os veículos de comunicação teriam um impacto fundamental na luta antirracista se considerassem a desmistificação do mito da democracia racial pauta para o horário nobre da TV brasileira.
Ao invés disso por muito tempo a TV reforçou estereótipos racistas e subalternizou atores negros entregando a eles papéis caricatos, desvalorizados e estereotipados.
O documentário “A negação do Brasil” produzido por Joel Zito Araújo no ano de 2001 tem enfoque em mostrar a trajetória que atores negros enfretaram e enfrentam até hoje nas telenovelas da tv brasileira, mas é também é eficiente em nos mostrar em como não transformar o racismo em entretimento.
A TV é o principal veículo de informação para muitas pessoas por tanto não pode ser neutra quando o quesito é o enfrentamento ao racismo principalmente em um país construído através da etinocidio e da escravidão.
Racismo não é entretenimento, enquanto a ideia de que não existe racismo no Brasil, cenas como a dá última segunda (5) onde o participante João do BBB21 acusou o racismo recreativo no fala de outro participante seja reprimida e moldada como “parte do jogo”.
Assista aqui o documentário: https://youtu.be/EvNPhyS863o