Texto: Thais Machado | Imagem: Banco de Imagem Pexels
No ano de 2020 o Brasil registrou o maior índice de desemprego segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), atingindo um percentual de 13,4% no último trimestre do ano podendo chegar a 17% no primeiro semestre de 2021.
Em decorrência da pandemia do Corona Vírus, foi necessário a instalação de medidas restritivas de distanciamento e isolamento social em todo país no ano de 2020, fazendo com que várias pessoas perdessem seus empregos formais ou informais, mas a pandemia sem dúvida afetou de maneira ainda mais drástica os cerca de 39,3 milhões de brasileiros que desde 2019 ocupavam o status da informalidade -trabalho informal- que consequentemente acabaram somando o percentual de desempregados.
Entre as idas e vindas na flexibilização das medidas de proteção contra o Corona Vírus e o fim do auxílio emergencial chegamos ao atual cenário em março de 2021. Quase um ano após o início da quarentena, a situação no Brasil é alarmante e catastrófica. Na última semana o país atingiu a marca de 250 mil mortos pela doença e 13 estados estão em colapso com 100% de lotação nos leitos dos hopitais, com o agrave nos casos e o crescimento exponencial no número de mortes fica a dúvida e a preocupação, seria possível sair às ruas em busca de emprego? Como sobreviverão os 14 milhões de desempregados?
O fim do auxílio emergencial e a suposta nova proposta
O auxílio criado pelo Governo Federal a fim de conter e minimizar os impactos econômicos causados aos mais pobres durante a pandemia foi findado em janeiro 2021, com isso, mais pessoas serão impelidas a procurar emprego. Com tudo, economistas alertam que essa movimentação somada á outras peculiaridades da pandemia podem elevar a taxa de desemprego em até 17%.
O atual presidente Jair Messias Bolsonaro -sem partido- afirmou que a nova efetivação do pagamento será feita em março mas sem data confirmada, e o suposto valor é de R$ 250 e R$ 300 com um total de 4 parcelas.
A incerteza de um novo pagamento do auxílio preocupa, hoje cerca de 59 milhões de brasileiros vivem na pobreza e 13 milhões na extrema pobreza, com a pandemia a desigualdade social vivida por essas pessoas se agrava e faz com que o corona vírus seja mais um somatório as mazelas diárias.
Das recomendações da OMS
Em janeiro de 2021, a Organização Mundial da Saúde já havia alertado sobre o agrave nos números de casos e pediu a intensificação das medidas contra a pendemia em outros países onde o crescimento se mostrava exponencial.
É esperado que na situação de caos que o Brasil se encontra seja feito o mesmo, países que apostaram no lockdown apresentam melhoras no números de casos mas a realidade do Brasil não nos traz esperanças.
São necessária medidas rápidas que garantam a estabilidade dos brasileiros durante o lockdown e intervenções na intensificação do distanciamento e isolamento social para romper a crise que a saúde enfrenta e garantir a vida dos brasileiros.