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Você consegue ver humanidade em uma pessoa negra?

Fonte: Geledés

Não é de hoje; da conjuntura atual; tão pouco da contemporaneidade que vivemos a gênesis da invisibilização dos corpos negros. Esta prática inicia-se no “tempo-espaço-filosófico” quando uma cultura etnocêntrica deseja ter mais poder, desejo de erguer-se economicamente e ter recursos e vantagem às custas de outrem ao invés de fazer por si próprio, explorar a outra, dominar, ditar suas regras, imposições, costumes de culto religiosos, crenças, valores sobre ela. É necessário vasculharmos a história dos nossos ancestrais, antepassados e adentrarmos em nós. Dentro do que é mais humano dentro de nós: nossa origem.

Fazer um povo, uma comunidade abandonar sua origem, é fazer com que ela perca a sua essência. É ela não saber quem é.
É uma morte-vida. É estar morto em uma vida.
Tudo isto iniciou anteriormente ao Navio Negreiro.
Em uma cultura ocidental, onde invisibiliza os nossos. Nossos corpos, nossas mentes, mas sobretudo, nossas almas. Como diz a historiadora Caroline Sodré.
Desaparece com os nossos corpos, simbólica e literalmente, desaparece com a nossa inteligência, autoestima, autoamor, autocompaixão, conosco e com o outro. Fazem questionar-nos o tempo todo se somos bons, aptos, capazes. Somos invisibilizados em nossa potência, inteligência, ordem psíquica, capacidade de conquista e realização. Não nos validam, nos descredibilizam o tempo todo.

Nossos corpos são mero produto, mercadoria. “Massa de manobra”, eles dizem
Nossos corpos não são vistos como eles realmente são
Mas como eles são desejados por eles e como eles querem usufruir e explorar e tirar vantagem. Eles precisam sair ganhando de algum forma. Eles se dizem o centro do mundo.
Querem nos usar, de todas as formas possíveis,
e imagináveis.
em todos os âmbitos e naturezas da vida.
religiosas, psicológicas, física, racial, familiar, escolar,
ELES QUEREM DOMINAR TUDO.
mas será que eles não VÊEM?
será que eles não vêem o que eles estão fazendo?
Onde está a percepção?
Cadê a percepção?

Eles desaparecem com o que temos e com o que somos.
Querem nos esconder, nos apagar e acabar com a nossa existência-potência de todas as formas.
Com o nosso passado, com o nosso presente e com o nosso futuro.
Querem acabar conosco. A humanidade nos foi negada.
Eles têm uma dívida conosco e nos obriga a pagá-la todos os dias a duras penas, como se fossem culpados pelas nossas mazelas.
Eles não contam a nossa história, para não sabermos quem somos. Tão pouco para onde ir. Assim, em uma tentativa de não sermos nada. Sermos escravizados. Pois se não soubermos nossas histórias, raízes e origem e não contá-las, não teremos matripotência.
Não é obrigação deles contarem nossas histórias. Elas nos pertencem. Tomemos a responsabilidade de vivê-las, revivê-las, contá-las. Com calma. Um passo e dia de cada vez.

Resistiremos. Perseveremos. Bravamente. Com fé.
E parafraseando Sobonfu Somé, não se faz uma pessoa sem o conselho de toda uma aldeia e em comunidade; sigamos juntes de mãos dadas e visando o futuro.
Só a vida importa.
Honremos nossos ancestrais sendo felizes, vitoriosos e potentes.

Sejamos de toda e melhor forma:

HUMANOS.
Com nossos erros, falhas e acertos.
Não existe luz sem sombra.
E o preto é bonito e forte.

“O adiante nos espera. (Ryane Leão)”Não é de hoje; da conjuntura atual; tão pouco da contemporaneidade que vivemos a gênesis da invisibilização dos corpos negros. Esta prática inicia-se no “tempo-espaço-filosófico” quando uma cultura etnocêntrica deseja ter mais poder, desejo de erguer-se economicamente e ter recursos e vantagem às custas de outrem ao invés de fazer por si próprio, explorar a outra, dominar, ditar suas regras, imposições, costumes de culto religiosos, crenças, valores sobre ela. É necessário vasculharmos a história dos nossos ancestrais, antepassados e adentrarmos em nós. Dentro do que é mais humano dentro de nós: nossa origem.
Fazer um povo, uma comunidade abandonar sua origem, é fazer com que ela perca a sua essência. É ela não saber quem é.
É uma morte-vida. É estar morto em uma vida.
Tudo isto iniciou anteriormente ao Navio Negreiro.
Em uma cultura ocidental, onde invisibiliza os nossos. Nossos corpos, nossas mentes, mas sobretudo, nossas almas. Como diz a historiadora Caroline Sodré.
Desaparece com os nossos corpos, simbólica e literalmente, desaparece com a nossa inteligência, autoestima, autoamor, autocompaixão, conosco e com o outro. Fazem questionar-nos o tempo todo se somos bons, aptos, capazes. Somos invisibilizados em nossa potência, inteligência, ordem psíquica, capacidade de conquista e realização. Não nos validam, nos descredibilizam o tempo todo. Cuidemos para que nesse mecanismo, nós mesmos não venhamos a nos descredibilizar, já que nossos corpos são mero produto, mercadoria. “Massa de manobra”, eles dizem. Nossos corpos não são vistos como eles realmente são, mas ao contrário disso são visto apenas para o prazer, hiperssexualizados. Sexualidados a máxima potência. Somos vistos apenas como para dar. Sempre estarmos pronto a dar. E temos de estar. Nunca a receber. Não podemos receber pois sempre temos de estar prontos para o labor. Somos sobrecarregados, sugados na nossa energia vital.
Querem nos usar, de todas as formas possíveis,
e imagináveis.
em todos os âmbitos e naturezas da vida.
religiosas, psicológicas, física, racial, familiar, escolar,
ELES QUEREM DOMINAR TUDO.
mas será que eles não VÊEM?
será que eles não vêem o que eles estão fazendo?
Onde está a percepção?
Cadê a percepção?

Eles desaparecem com o que temos e com o que somos.
Querem nos esconder, nos apagar e acabar com a nossa existência-potência de todas as formas.
Com o nosso passado, com o nosso presente e com o nosso futuro.
Querem acabar conosco. A humanidade nos foi negada.
A reparação histórica parece que está longe. Eles têm uma dívida conosco e nos obriga a pagá-la todos os dias a duras penas, como se fôssemos culpados pelas nossas mazelas, essas que eles criaram de modo sistemático e estrutural.
Eles não contam a nossa história, para não sabermos quem somos. Tão pouco para onde ir. Assim, em uma tentativa de não sermos nada. Sermos escravizados. Pois se não soubermos nossas histórias, raízes e origem e não contá-las, não teremos matripotência.
Não é obrigação deles contarem nossas histórias. Elas nos pertencem. Tomemos a responsabilidade de vivê-las, revivê-las, contá-las. Com calma. Um passo e dia de cada vez.

Resistiremos. Perseveremos. Bravamente. Com fé.
E como aconselha Sobonfu Somé, continuemos em comunidade; juntes, de mãos dadas e visando o futuro. Estejamos sãos e saudáveis. Temos esse direito.
Só a vida importa.
Honremos nossos ancestrais sendo felizes e vitoriosos e o legado deles aqui.

Sejamos de toda e melhor forma:

HUMANOS.
Com nossas erros, falhas e acertos.
Não existe luz sem sombra.
E o preto é bonito e forte.

“O adiante nos espera. (Ryane Leão)”

Com amor,
FERNANDA CANTALICE.

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