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Reprodução/ Instagram Água Camelo

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Estudante cria mochila capaz de filtrar água com impurezas e torná-la própria para o consumo.

Texto | Mariana Assis

Rodrigo Belli, estudante de Design de Produto da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), criou uma mochila capaz de filtrar água com impurezas e torná-la própria para o consumo. 

Batizada de Água Camelo, o projeto nasceu depois de um trabalho acadêmico que se debruçou em estudar comunidades urbanas e o processo de urbanização informal no Rio de Janeiro. Instigado a produzir um empreendimento social, Rodrigo e outros colegas se deram conta que o acesso à água tratada no estado era desigual. “Algo calamitante”, ele destaca.

Segundo o Mapa da Desigualdade 2020, realizado pela Casa Fluminense, dados do Instituto Estadual do Ambiente (INEA) apontam que existem 437 estações de tratamento de esgoto na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, mas 134 estão inoperantes. 

Foi a partir de então que o grupo investigou e detectou que no contexto das comunidades urbanas informais, as pessoas que não tinham acesso à água regularmente tratada precisam passar por quatro etapas: captar, transportar, armazenar e filtrar. 

O grupo desintegrou-se mas Rodrigo continuou com o projeto e desenvolveu o  kit Camelo. Composto de uma mochila, filtro de água portátil e suporte. “O usuário pode passar por essas quatro etapas da melhor maneira possível e ter acesso à uma fonte segura de água potável na sua casa por até 10 anos”, explica o jovem. 

Crédito: Reprodução/Instagram Água Camelo

Segundo Rodrigo, a iniciativa, que começou em dezembro do ano passado, já distribuiu 15 kits gratuitamente e mais de 90% deles foram destinados a mulheres negras. Na prática, 78 pessoas utilizam a Água Camelo. As entregas têm sido realizadas para o bairro Jardim Gramacho, localizado em  Duque de Caxias, região cujo percentual de habitantes que têm esgoto coletado e tratado é de 1,1%, de acordo com o estudo feito pela Casa Fluminense. 

A meta era que 100 pessoas recebessem o Kit Camelo até o final do ano, mas Rodrigo diz estar contente de saber que muito em breve será batida e acredita que o futuro seja promissor. “Meu maior sonho é impactar 1 bilhão de pessoas, porque eu acredito que este seja o bilionário do futuro, e o meu sonho é me tornar um bilionário, nesse sentido.”

A proposta funciona por meio de um apadrinhamento, a partir do qual é feito a compra do kit, no valor de R$350,00, que corresponde ao preço do serviço. Mais informações sobre como apadrinhar você encontra aqui

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