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Empreender em tempos de isolamento social

Texto | Mariane Paula – Imagem | Pexels

Empreendedorismo em período de isolamento social proporcionou mudanças no desenvolvimento dos negócios de nano e microempreendedores. Em março a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou a pandemia da covid-19 com informações para conter a circulação do vírus. Medidas de proteção para evitar o avanço do novo coronavírus chegou no Brasil e a quarentena foi uma das soluções emergenciais. O isolamento social, onde milhões de brasileiros precisou se adaptar para ficar em casa impactou diretamente diversos setores da economia. Com o decreto para o fechamento do comércio e serviços não essenciais, empreendedores e a população ficaram em situação emergencial. 

A pesquisa “Impacto do Covid-19 nos micronegócios brasileiros”, realizada pela SumUp, fintech que oferece soluções financeiras de máquinas de cartão, trouxe a situação de nano e microempreendedores de todo o território nacional. O último resultado realizado no mês de maio apresentou informações de negócios fechados permanentemente, e negócios funcionando com ponto de venda fechado.  A procura e as dificuldades de trabalhar com a digitalização é alta entre os negócios. Em modo geral a venda online foi consideravelmente adaptada por negócios que fecharam seus pontos de vendas. 35% adaptaram-se ao digital e também começaram a oferecer novos produtos e serviços. A principal ferramenta de vendas tem acontecido através do Whatsapp. O delivery tornou-se uma nova habilidade do empreendedor 95% dos negócios utilizam delivery próprio. 

Sobre o percentual dos negócios fechados permanente, 39% não estavam preparados com reserva financeira para atravessar a quarentena ou essa reserva já acabou. Além disso, 23% dos microempreendedores solicitaram o Auxílio Emergencial do Governo Federal, mas ainda não receberam a verba destinado aos trabalhadores informais, microempreendedor (MEI), autônomos e desempregados. Mas a maioria dos empreendedores, 36%, acredita que será necessário continuar com auxílio financeiro para os próximos seis meses. O principal motivo é para pagar as contas do negócio e despesas básicas pessoais. 

Programas de geração de renda para apoiar financeiramente o pequeno empreendedor de regiões do Brasil estão acontecendo. Buscar por soluções para manter o negócio em período de pandemia são os desafios do empreendedorismo. Para ajudar os empreendedores foi criado o Fundo Periferia Empreendedora, uma iniciativa do Empreende Aí, Desabafo Social, Firgun e Impact Hub, com financiamento de microcréditos e condições de parcelamentos para ajudar nos negócios. 

Diante desse contexto em decorrência do impacto causado pela pandemia, o resultado da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) aponta um crescimento histórico do grupo de empreendedores iniciais, com uma proporção de 25% do total da população adulta do país. Essa estimativa de aumento 90% dos respondentes acredita que o desemprego é uma das razões para desenvolver uma iniciativa empreendedora em 2020.

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