Por Isadora Novais
Nos últimos anos uma série de debates, propostas e modificações foram direcionadas a questão da inclusão na educação brasileira. A busca pela igualdade na escolarização e oportunização entre todos brasileiros provoca uma rachadura entre a população, como num cabo de guerra: de um lado aqueles que acreditam na meritocracia e democracia econômica e racial brasileira, e do outro aqueles que procuram propor através do sistema de cotas a igualdade entre as diversas etnias e classes sociais , buscando diminuir o implícito aparthaid socio-racial que teve início desde os tempos de colônia.
É necessário antes de tudo desmitificar a dita “Democracia racial e econômica no Brasil” e a história de que no Brasil a cor da pele e o poder aquisitivo não diferencia os indivíduos para inserção na universidade. O sistema de cotas propõe claramente a busca por uma igualdade esquecida por anos de escravidão e exclusão econômica. A hierarquização de um grupo social ou supremacia deste, definitivamente é impossível e improvável já que quando tratamos de hierarquia ou supremacia entende-se que estes grupos se encontrariam em pé de igualdade, algo muito longe da realidade vivida.
Esta medida governamental é reparatória e temporária. Atualmente esta ação tem se mostrado eficiente e positiva, mas é preciso que outras e efetivas propostas sejam promovidas desde o ensino básico, para garantir a melhora no ensino público brasileiro sejam efetuadas . As cotas são, na verdade , essenciais para inicío da caminhada na busca da concreta igualdade no âmbito educacional brasileiro.