Recentemente li um texto do artista Gregório Duviver que me fez refletir sobre a democracia em que vivemos, o que me chamou a atenção foi o trecho: “Ninguém deveria representar os outros porque ninguém está, de fato, pensando nos outros”. A democracia representativa causa a segregação das pautas relacionadas aos direitos das minorias por causa do interesse do coletivo maior (normalmente autoritário e elitista).
Com isso, conseguimos entender o motivo pela vitória do governador Alckmin no primeiro turno deste ano. O Estado de São Paulo está repleto de pessoas de classe média que se sentem seguras com o governo que prefere manter as coisas como estão: Pobre sendo pobre e rico sendo rico.
A crise da Democracia Representativa está atrelada ao interesse das pessoas e não ao interesse do Brasil, ou seja: “vou votar em que vai me favorecer, não importa se irá prejudicar outras pessoas”. Além disso, os partidos não representam 100% do eleitor, o PT representa a classe trabalhadora e aos grandes empresários, o PSDB representa a classe média alta e aos grandes empresários, ou seja, não a coerência.
Não é a toa que no nosso país a dezenas de partidos que tentam representar a diversidade que é a população brasileira, e mesmo assim as pessoas não se sentem representadas pelos políticos atuais. A falta de ideologia e coerência dos partidos cria essa polarização atual, a famosa e velha polarização da guerra fria, entre esquerda e direita.
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