Nas costas de uma jovem soteropolitana, a mochila transporta uma mesinha dobrável que divide espaço com revistas e outras publicações. É fim de tarde. O horário é estratégico porque nesse período há mais meninas e meninos brincando na rua. Ela pesquisa um lugar e arma a mesa onde são dispostas as revistas. Muitos se aproximam, formando aquilo que a andarilha ansiava: uma roda de curiosos. A cena se repete a cada sábado pelos bairros da periferia de Salvador. Quem sobe e desce as ladeiras é Monique Evelle, 18, que reserva seu fim de semana para realizar, com crianças e adolescentes, oficinas e debates sobre direitos humanos, segurança na internet e exploração sexual. “Na rua não há limite. Até fica melhor para não centralizar”, ressalta a jovem criadora da iniciativa chamada Desabafo Social.
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