Mariana Assis|Texto
O período da pandemia de Covid-19 tem sido de muito aprendizado para Eufrásio Pereira Araújo, 30. Ele é microempresário e proprietário da CM Reach, especializada em consultoria financeira e marketing digital.
Eufrásio foi um dos beneficiados pelo Fundo Periferia Empreendedora, que já investiu mais de 300 mil reais em microempreendedores de periferias.
Com o crédito viabilizado pelo Fundo, ele reestruturou completamente o negócio. “Consegui manter um pouco do meu fluxo de caixa, fiz toda a formatação do meu site, algum curso ou outro que eu estava precisando, algumas anuências e pendências que eu estava precisando para poder conseguir deixar o meu projeto com uma nova cara”, conta.
Para 2021, a expectativa de Eufrásio é expandir o negócio e atender cada vez mais pequenas empresas, microempreendedores individuais, profissionais liberais e autônomos.
Segundo ele, o maior desafio para quem está começando um negócio é enfrentar o ambiente hostil de falta de oportunidades de alavancar o negócio. Depois, gerir o empreendimento de modo a saber priorizar prioridades e ter lucro, pode trazer dor de cabeça a quem não sabe como deve fazer.
Fundo ampara microempreendedores de periferia que precisam de crédito
A criação do Fundo Periferia Empreendedora foi realizada no contexto de pandemia e visa auxiliar que empreendedores de periferia consigam manter os seus negócios, mesmo com a queda de receita. O intuito do Fundo é viabilizar microcrédito aos empreendedores de periferia que historicamente sofrem dificuldades para conseguir empréstimos em grandes bancos.
O Fundo é fruto de uma parceria entre quatro empresas: a Escola de Negócios da Periferia para Periferia: Empreendeaí, que o trabalho é capacitar novos empreendedores de favelas e periferias; a Firgun, uma fintech que contribui para a redução das desigualdades sociais a partir de crédito produtivo; Desabafo Social, laboratório de tecnologia sociais aplicadas à geração de renda, comunicação e educação; e a Impact Hub, que tem por missão decodificar as mudanças socioeconômicas, compreendê-las e convertê-las em ações concretas.
Ao longo dos últimos meses, o Fundo recebeu mais de 460 cadastros e 140 negócios foram contemplados com o investimento. Dentre as áreas de atuação dos negócios, as que se destacam são de prestação de serviços 25%, alimentação 19% e moda 14%.
Os créditos são de R$500 a R$3 mil destinados a empreendedores periféricos, com 120 dias de carência e parcelamento em até 20 vezes . Ainda há o benefício do juro zero, que cobra 1% de juros ao mês nas parcelas, mas abona as últimas parcelas para os empreendedores que pagarem tudo em dia. O empréstimos fica, assim, sem juros.
Para mais informações sobre o Fundo, acesse aqui.