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Imagem de TréVoy Kelly por Pixabay

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Kwanzaa: uma celebração que exalta a cultura africana

Mariana Assis| Texto

Criada em 1966 pelo professor e ativista americano Maulana Karenga, o Kwanzaa tem por objetivo fortalecer laços da comunidade negra e conectá-los às tradições africanas. 

O nome Kwanzaa deriva da expressão “matunda ya Kwanza”, que significa “pequenos frutos” em suaíli, língua falada em diversos países africanos. 

A festividade acontece sempre entre 26 de dezembro e o dia primeiro de janeiro. A data, no entanto, não se opõe ao natal, que é de cunho cristão, mas se consagra como um feriado cultural em que afro-americanos se reúnem para celebrar a cultura africana.

“O Kwanzaa propõe pensar de nós para nós. É um feriado de sete dias focado nos valores civilizatórios africanos e a ideia é de nos unirmos como comunidade”, explica Gyasi Kweisi Carlos Machado, mestre em História pela Universidade de São Paulo (USP) e estudioso da festa. 

Neste período sete princípios guiam o momento de reflexão, são eles: Umoja (unidade); Kujichagulia (autodeterminação); Ujima (trabalho coletivo na comunidade); Ujamaa (economia cooperativa); Nia (propósito de expandir a cultura africana); Kuumba (criatividade para potencializar a comunidade); Imani (fé). 

Os dias se fazem de comunhão, reflexão e valorização dos valores civilizatórios africanos, segundo Gyasi Kweisi. A cada princípio celebrado, uma vela correspondente é colocada em um Kinara, espécie de candelabro. 

A origem

O Kwanzaa é inspirado, principalmente, no festival das colheitas dos povos Zulu e Ashanti,  além da festa também ser feita por outros povos africanos. 

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A festa teve início da passagem de 1966 e 1997, quando os Estados Unidos convulsionava em protestos por conta da brutalidade da lei Jim Crow. O relacionamento entre negros e brancos ficava cada vez mais insustentável, visto o racismo ferrenho que violentava a vida de pretos. 

O Kwanzaa, nesse sentido, também tem a missão de ser um momento de união entre as pessoas negras ao redor do mundo. Seja para recuperar energia diante do racismo ou até mesmo para reforçar 

Gyasi Kweisi Carlos Machado conheceu a festa ainda na década de 1990, ao folhear a revista Essence que tinha como pauta  a cultura negra. Foi a partir de então que despertou interesse na festividade e há cerca de 10 anos comemora junto de pessoas especiais. 

De crianças a adultos, todos participam de todas as etapas reflexivas do Kwanzaa. O desejo do professor e que a festa se popularize e seja partilha por negros de todo Brasil.

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