O Brasil chega a mais um período eleitoral, período onde as ideias afloram e as promessas são postas sobre a mesa em um carteado de soluções que deveriam encher o eleitorado de esperança e de anseio por mudanças concretas. Parte destas ideias pendem para o lado da educação, setor que há décadas sofre abalos pela falta de investimento significativo e que pela desatenção de nossas autoridades compromete o futuro de muitos cidadãos do país.
Recentemente, uma das tantas comissões do Senado divulgou que pretende debater e quem sabe levar a votação em esfera superior, um projeto de alteração de nossa escrita em favor da unidade da grafia dos países lusófonos, ou seja, aqueles que como nós se utilizam da língua portuguesa.
Encabeçado pelo senador Cyro Miranda (PSDB-GO) e pelo professor e pesquisador Ernani Pimentel, o projeto pretende revolucionar a forma como aprendemos a escrever no ensino fundamental, como por exemplo, a palavra educação que passaria a ser escrita (pasmem) “educaSão”.
Passamos recentemente pela aplicação das novas regras ortográficas que até hoje confundem muitas pessoas na hora de botar o lápis no papel, e caso futuramente este projeto mirabolante tenha a sorte de passar pelos deputados, senadores, ter a conivência do presidente da república e ser aprovado pelos demais países lusos teríamos o maior bate cabeça da história das redações do nosso já confuso Brasil.
Não é de hoje que o nosso país sofre com falhas terríveis na educação, como a progressão continuada, alunos que chegam ao ensino médio com graves problemas de interpretação de textos, gráficos ou figuras, falta de formação critica e despreparo para iniciar uma carreira promissora. Como é notável perceber, os novos políticos têm trabalho de sobra para os próximos anos, pois desta sopa de letrinhas a educação deste país já está farta de ser alimentada.
593 Comments