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O BBB deixou de ser racista?

Texto | Mariana Assis

O clássico reality show Big Brother Brasil, veiculado pela TV Globo, começou a  21º edição nesta segunda (25) e já mobilizou as redes sociais. No ano passado, o programa foi sucesso de audiência, o que acarretou em ampliação de quatro dias na extensão do programa. Em 2021, a duração será de 100 dias. 

A estrutura do programa segue a mesma lógica da edição passada, com os participantes divididos em camarotes, cuja formação é de artistas e influenciadores, e a pipoca, com pessoas comuns.  

Dos 20 participantes que disputam o prêmio de R$1,5 milhão de reais do reality, nove são negros, número histórico para o programa. Projota, Lucas Penteado, Pocah, Nego Di, Camila de Lucas, e Karol Conká são as pessoas negras que fazem parte desta edição. 

O ineditismo vem depois de um ano marcado por protestos antirracistas e que apontavam para a falta de diversidade racial em diversos âmbitos da sociedade, inclusive em programas televisivos. A CBS, que detém os direitos do programa, colocou como meta que seus reality shows tenham pelo menos 50% dos participantes negros, mestiços ou indigenas, ou seja,  pessoas não-brancas. 

“O gênero reality show é uma área especialmente subrepresentada e precisa ser mais inclusiva em todo o seu desenvolvimento, ou seja, elenco, produção e todas as fases dos programas”, disse George Cheeks, presidente e diretor executivo do CBS Entertainment Group.

A Globo está menos racista por conta disso?

Para Gleidistone Silva, publicitário e produtor de conteúdo para redes sociais, há que se ter cuidado em compreender que a inserção de negros em ambientes historicamente brancos não significa que mudanças estruturais estejam em curso, embora seja importante o feito. “É um movimento, são pessoas [do programa] que entendem o mercado e sabem o que está rolando. Se não acontecesse nesta edição, aconteceria na próxima por pressão do público”, analisa.  

O publicitário destaca que tem havido um engajamento interessante de cobrar posicionamento não só da direção do programa, mas também dos participantes. Discursos racistas, falas misóginas dentre outras violações de direitos humanos, não passam despercebidos pelo público, que logo exige retratação e responsabilização. 

Ele também aponta que a presença dos nove negros e negras é significativa até mesmo para evidenciar que há multiplicidade e diversidade entre a população negra, que recorrentemente é vista sob um viés homogênico.

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