Connect with us

Hi, what are you looking for?

Banco de Imagem: Pexels

Você Precisa Saber

Existe escravidão onde você menos imagina

Texto | Mariana Assis Imagem | Banco de Imagem Pexels

No final de dezembro uma reportagem do Fantástico, da TV Globo, revelou a história da doméstica Madalena Gordiano, 46, resgatada por auditores fiscais do trabalho e pela Polícia Federal em um apartamento na cidade de Patos de Minas (MG), depois de 38 anos vivendo em condições análogas à escravidão. 

Submetida a uma rotina de trabalho extenuante, ela não tinha registro em carteira, tampouco salário mínimo garantido ou descanso semanal remunerado. Além disso, vivia reclusa sob vigilância dos patrões. 

Madalena contou à reportagem que chegou até a família Milagres aos 8 anos, ao bater na porta da casa deles para pedir pão, pois estava com fome. Quem atendeu foi a professora Maria das Graças Milagres Rigueira, que teria dito que só daria se ela morasse com a família. 

A mãe de Madalena aceitou a adoção, visto que tinha nove filhos. Como “integrante” da família,  Madalena teve a sua infância sequestrada, dedicando-se aos afazeres domésticos. Adulta, foi morar com o filho de Maria das Graças, o também professor Dalton César Milagres Rigueira, onde viveu nas mesmas condições até o seu resgate.

Assim que foi libertada, em novembro, Madalena foi acolhida em um abrigo para mulheres vítimas de violência e vem sendo acompanhada por secretarias do município, onde tem acompanhamento psicológico, moradia e assistência social, de acordo com  apuração do G1 e Fantástico. Os empregadores estão sendo investigados por trabalho análogo por submeter uma pessoa à condição de trabalho análogo ao escravo e tráfico de pessoas e também podem responder por apropriação indébita, cuja pena pode chegar a 20 anos de prisão.

O caso dela é reflexo de uma realidade que atingiu 1.054 trabalhadores em 2019 encontrados sob trabalho análogo à escravidão, segundo dados da plataforma Radar, gerida pela da Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia.

Código Penal

Formalmente, o trabalho escravo é proibido desde a Lei Áurea, de 1988, que extinguiu a possibilidade de que qualquer pessoa tenha posse sobre outra. Expor trabalhadores a condições análogas ao trabalho escravo é crime previsto pelo Código Penal brasileiro. 

Mesmo assim, dados do Observatório Digital do Trabalho Escravo apontam que entre 2003 e 2018 cerca de 45 mil trabalhadores foram resgatados nessas condições, o que significa, na prática, uma média de 8 pessoas libertadas por dia. O perfil é de homens, na faixa etária de 18 a 24 anos, analfabetos ou com baixa escolaridade. 

Advertisement. Scroll to continue reading.

A pena para quem infringe essa norma pode ser de 5 a 10 anos, acrescido de multa. Se houver agravantes, como a pessoa ser menor de idade, a pena pode ser aumentada de um sexto a um terço. 

Denúncias

Nos últimos cinco anos, o Ministério Público do Trabalho (MPT) registrou 5.909 de trabalho análago à escravidão. Também no mesmo período, o MPT ajuizou 516 ações civis públicas e firmou 1.402 termos de ajuste de conduta (TACs) em todo o país.   

Para denunciar casos assim, basta ligar para o número 100.

Advertisement
Advertisement
Advertisement
Advertisement
Advertisement

Dá uma olhadinha aqui também

#FicaDica

Imagem / Site Centro da Terra O Xepa Festival acontece amanhã, dia 03 de maio às 16h. Um festival de sustentabilidade, tecnologia, cultura e...

Sem categoria

Com o intuito de fortalecer o debate sobre alguns temas que constituem verdadeiros dilemas para professorxs, mães e pais diante das discriminações sofridas por...

Sem categoria

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Morbi sagittis, sem quis lacinia faucibus, orci ipsum gravida tortor, vel interdum mi sapien ut justo....

Sem categoria

A mulher de flores na cabeça, bordado colorido e testa proeminente. Ela encontrou na arte o melhor caminho para uma mente cansada e um...

Advertisement